ESPAÇO DE CULTURA

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domingo, 1 de novembro de 2015

A CADA DIA IREMOS POSTAR UMA POESIA 
DESDE O 10º LUGAR ATÉ O PRIMEIRO
 
 
MUROS DE SILÊNCIO (4º lugar)
 
Esbarro em esquivos muros de silêncio...
Farpas de sons aprisionados
ferem meu sentir ansioso de melodia.
A comunicação se faz ausência
e ruídos mastigados etre dentes
vibram de forma dissonante.
 
Preciso de harmonia das palavras
para tornar inerte a solidão. 
Numa vitrola,um tango bandoneón 
diz da modernidade que me oprime,
agride e me faz esquecer
constelações de estrelas não maduras,
antiga doçura do verbo viver
quando havia tempo de esperar
o tempo madurar a vida
e o acontecer.

Os muros de silêncio guardam medos,
escondem o pavor da opção,
condenam todos os vitoriosos
e dão,aos fracos, absolvição.


Silenciar...
discreto modo de morrer
sem ver a voz
ser grito ou acalanto,
abafar o egoísmo e a vaidade,
tirar o sonho de um sombrio manto.
 
E sigo a me ferir nessa muralha
sangrando a carne,o peito, o coração,
só por querer contar minha verdade,
querer rezar,em paz,minha oração.
 
Ter a coragem
de amar meu semelhante
e perdoar sua indiferença;
de fazer de um inimigo,um amigo
e ser feliz,sem culpas ou pudor,
de derrubar pedras de nome ironia
só para cantar
o meu canto de amor! 

(Marly Prates)
 
 
 Marly Prates recebe medalha e certificado das mãos de Neide Barros Rêgo

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