117 ANOS DE NASCIMENTO
ESPAÇO DE CULTURA
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
terça-feira, 24 de novembro de 2020
domingo, 22 de novembro de 2020
VI FESTIVAL DE POESIAS E CONTOS DO CLARON"
5º LUGAR - CATEGORIA POESIA
DEPRESSÃO
Depressão é a doença da alma
que,no mundo,vive o trauma
de viver aprisionada
a um corpo cheio de dor.
De tristezas,de lamentos
depressão é sofrimento
que vai corroendo o ser.
Depressão é abismo profundo
e a alma vivencia segundos
não querendo mais viver.
Depressão é corpo inerte,
é mente vazia,coração inquieto
onde,mesmo diante de um decreto,
recusa-se a levantar.
Depressão é angústia,é loucura,
onde muitos veem frescura
sem saber o tamanho do mal.
Depressão, escuridão que aumenta
e sua alma atormenta
em uma fúria animal.
E o ser,cansado de lutar,
resolve se entregar.
Já não importa o amanhã.
E,somente vai escutar,
se alguém em sua mente entrar,
e se a luz acender novamente.
Pois, depressão é solidão
que escurece sua alma
mesmo cercada de gente.
( Claudio Galindo)
sábado, 21 de novembro de 2020
"VI FESTIVAL DE POESIAS E CONTOS DO CLARON"
5º LUGAR - CATEGORIA POESIA
LIVRE POESIA
A poesia é livre.
Não está presa ao papel,
não está presa a um poema,
nem ao famoso Cordel.
Solta na cabeça,
nas vozes e nas mãos,
transita em todo o corpo
explode no coração.
Muitas cores ou uma só.
Uma linha ou mil,de uma vez.
Cada qual,à sua maneira,
pode ousar da "in-sensatez".
Se quiser fotografar:pinte.
Se quiser interpretar:dance.
Se quiser grafitar: escreva.
Declame,filme,cante.
Vem de dentro e expressa emoção.
Te faz um ser inteiro.
Por toda poesia,paixão.
Por toda arte,respeito!
(Danielli Cristina Machado Lidugério)
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
"VI FESTIVAL DE POESIAS E CONTOS DO CLARON"
5º LUGAR - CATEGORIA POESIA
GENTILEZAS DE PRIMAVERA
O bem-te-vi acorda mais cedo.
Um burburinho,em expansão,desperta o jardim.
Frenéticas borboletas libertam-se do casulo.
Botões em jasmineiros perturbam-se com a claridade:
exalam sensualidade!
Formigueiros estufam-se sobre a grama
de onde partem carregadeiras perfiladas.
As juritis vermelhas divertem-se escandalosas
(aves fogosas).
O colibri,deslumbrado e ofegante,
frente à azaleia,
agita suas asas.
É setembro.
A natureza transborda,
excede-se em refinamentos e gentilezas
que,em dezembro,
desembarcarão noutra estação.
Embarco,apressada,neste festim
na tentativa de recuperar primaveras
(sobrevivem quimeras na vida de um poeta).
(Rosângela de S. Goldoni)
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
"VI FESTIVAL DE POESIAS E CONTOS DO CLARON"
6º LUGAR - CATEGORIA POESIA
SE EU NÃO ACORDAR AMANHÃ
Se eu não acordar amanhã
é porque tudo mudou.
Mas,não fiquem tristes.
Estarei bem,segura e feliz.
Se eu não acordar amanhã
é porque chegou a hora
de eu ver ,ao romper da aurora,
que o mundo não é mais meu.
Se eu não acordar amanhã
os verei de longe,bem longe,
mas jamais os esqueverei.
O que não acontecerá comigo.
Se eu não acordar amanhã
é porque acabou o perigo
de sofrer,sem entender,
o porquê de tanta dor.
Se eu não acordar amanhã
estarei num sono profundo
e não mais neste mundo
que não será mais meu.
(Ângela Moreira)
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
terça-feira, 17 de novembro de 2020
" VI FESTIVAL DE POESIAS E CONTOS DO CLARON"
7º LUGAR - CATEGORIA POESIA
DESPRENDIMENTO
Quando eu voltar, à terra de onde vim,
não chorem,que estas lágrimas não trazem
o meu olhar ao chão,onde se fazem
as rosas que incendeiam um jardim.
Nem rezem,nesse já morto Latim,
ladainhas que,em nada,satisfazem
as pálidas lembranças em que jazem
os restos do melhor que havia em mim.
Entreguem o meu corpo ao fogo santo
que o limpe do pecado e do quebranto
até que dele sobre, apenas,pó.
E o meu penar, talvez não seja em vão
vendo que o trigo,antes de ser pão,
primeiro,há de passar por qualquer mó.
(Domingos Freire Cardoso)
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
"VI FESTIVAL DE POESIAS E CONTOS DO CLARON"
7º LUGAR - CATEGORIA POESIA
O CÂNTICO DA GAVETA
Sibilam
ao meio dia.
Sibilam
às dezoito,
sonoros,
os cínicos sinos da Candelária.
Solitários sibilam
como meninos
a piar.
Pintam seus hinos
em mosteiros
e tavernas.
Vinho de palco,
água salgada
e decadência.
Sibilam os meninos,
nos sinos,
os hinos que não serão cantados.
Os meninos não crescerão.
Não tocarão os sinos
anunciando a pubescência
maculada e vil.
Não verão filhos.
Não darão orgulhos.
Uma gaveta será o seu cântico de manifesto
silencioso e esquecido.
O menino que não verá Deus.
Descansará até...
o próximo menino
ocupar a sua gaveta.
(Vitória da Silveira Martins)
domingo, 15 de novembro de 2020
"VI FESTIVAL DE POESIAS E CONTOS DO CLARON"
8º LUGAR - CATEGORIA POESIA
FALANDO DE SAUDADES
Estou tecendo saudades.
Saudades são felicidades passadas,
sempre felicidades.
Saudade,gostosa lembrança
que poderia ser presente.
Saudades dos sonhos sonhados,
dos sonhos que não sonhei.
Saudades dos escritos que não li.
Saudades das travessuras da vida,
dos pecados que não cometi.
Saudade da brisa em minha alma.
Saudade de mim.
Saudade dos amores que não amei.
Saudade...dos versos que não fiz!
(Leda Mendes Jorge)
sábado, 14 de novembro de 2020
"VI FESTIVAL DE POESIAS E CONTOS DO CLARON"
8º LUGAR - CATEGORIA POESIA
A
OUTRA
Sou loira
apreciada por muitos,
invejada por outros!
Sou delicadamente
saboreada por tanta gente...
A maioria é de homens, claro!
Mas há mulheres que fazem uso de mim,
simplesmente por uma questão de gosto
e muito bom gosto!
No verão,então...
Estou em todas!
Desde a aurora à madrugada.
Alguns querem me deixar,mas que nada!
Sou gostosa demais!
Sou prazer garantido!
Em todos os lugares sou boa companhia.
Sou desejo tão eloquente
que não chego a menores.
Sextas-feiras, difícil passar por mim!
Sou,até, empecilho de algumas senhoras casadas!
Num bom churrasquinho,
eu chego juntinho...
Ainda não sabe quem sou?
Ouse,prove e peça ,mais!
Se experimentar um pouquinho...
Não me deixará jamais!
(Ivone Rosa de S. Lima)
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
"VI FESTIVAL DE POESIAS E CONTOS DO CLARON"
9º LUGAR - CATEGORIA POESIA
O PÁSSARO
Conheci um pássaro
num lindo verão carioca.
Todo branco e azul.
Entre montanhas e lagos
quis o pássaro pegar.
Mas,o pássaro subia,subia
sem se alterar.
Em um belo dia,então,
perguntei ao coração:
por que tão belo pássaro
não queria gorjear?
Então,uma voz respondeu:
O céu não pode cantar!
(Rosi Torres)